Morre a jornalista Gloria Maria, um dos ícones da televisão brasileira

Morre a jornalista Gloria Maria aos 73 anos; jornalista lutava bravamente contra um câncer

Morreu nesta quinta-feira (2) a jornalista Gloria Maria. Ela estava internada no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, onde lutava contra um câncer.

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Era filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou por onde passou.

Foi uma das pioneiras da televisão brasileira e fez a primeira entrada ao vivo em cores da história da televisão brasileira. 

“Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou, ao Memória Globo. Ela foi um dos nomes mais queridos da casa.

Em janeiro, a apresentadora foi afastada das gravações do programa Globo Repórter. Na época, a emissora revelou que ela se dedicaria à recuperação de sua saúde. “Gloria Maria está afastada do Globo Repórter dando prosseguimento a uma nova etapa de seu tratamento, prevista já há alguns meses. Ela está bem, em casa, com previsão de retorno apenas no ano que vem”, informou a emissora.

CÂNCER 

Em seu último afastamento, não foi informado qual tipo de câncer Glória Maria estava enfrentando.  Em 2019, Glória Maria fez cirurgia para retirar um tumor no cérebro e ficou em uma situação delicada. Ela também enfrentou a doença no pulmão.

Na época em que passou pela cirurgia, a jornalista chegou a agradecer aos médicos que cuidaram de sua saúde. “Obrigada por me devolver não só a vida. Mas também por me mostrar que em qualquer situação é possível encontrar caminhos transformadores. Estou aprendendo que a arte de viver é a transformação. Obrigada E se meu número com você é o 6 já posso imaginar a foto que vou postar daqui há 6 anos!”, completou.

RACISMO

Recentemente, em entrevista ao Roda Viva, ela revelou que mesmo sendo famosa e bem sucedida profissionalmente, não está blindada do racismo e preconceito. “Nada blinda preto de racismo, ainda mais a mulher preta. Nós somos mais abandonadas, discriminadas. O homem preto não quer a mulher preta. Você tem que aprender a se blindar da dor. Se você for esperar o blindamento universal, você está perdida”, declarou.

Por fim, ela também relatou dois episódios racistas sofridos pelas filhas Laura e Mariana escola. A primeira ouviu de um amigo que “a cor dela era feia”. Já a segunda escutou, também de um colega na escola que “você, sua macaca, não fala nada”“Isso não vem da criança, vem da família. E a família não vai mudar. Quando ele (amiguinho) falou, queria machucar. E a maneira que tinha é para machucar era ofender racialmente. Isso que acho uma coisa trágica. Se ele sabe que chamar de macaca é uma ofensa racial, é porque foi ensinado”, afirmou ela.

Foto: Reprodução/ TV Globo

Fonte: Revista Caras